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Entre os Direitos e o Marketing - 1 de Maio (Dia do Trabalhador) / Between Rights and Marketing - 1st of May (Labor International Day)

O Estabelecimento de um Memorial

O primeiro de Maio foi estabelecido como dia internacional do trabalhador a 20 de Junho de 1889 em Paris, durante uma conferência da organização política internacional socialista. A escolha desta data foi em homenagem aos trabalhadores que participaram em manifestações sindicais em  1886 , no Chicago, onde reivindicavam a pesada carga horária de trabalho. Porém, a manifestação teve um fim trágico com a morte de centenas de trabalhadores, graves ferimentos e prisões.

 

Em Moçambique, esta data passou a ser comemorada um pouco depois da independência, na década de 80. As escritas bem visíveis em vários muros das cidades capitais, os bairros atribuídos o nome de primeiro de Maio, são alguns dos vestígios de que esta data também é valorizada no país.

 

As manifestações de Chicago foram apenas o início de uma longa luta pelos direitos justos dos trabalhadores, pois August Vincent Theodore Spies (1855 – 1887) líder activista da massa proletária afirmou momentos antes da sua execução que “se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário - este movimento de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, esperam a redenção – se esta é vossa opinião, enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e em frente de vocês mesmos, em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!" E nos últimos minutos, quando a forca já determinava o seu fim, suspirou dizendo : "o dia virá, em que o nosso silêncio será mais poderoso que as vozes que vocês hoje estrangulam."

 

A ênfase deste discurso pode ser encontrada em simples palavras do pioneiro socialista americano, mais tarde companheiro de Spies, Albert Richard Parsons (1848 – 1887) que incentiva o trabalhador a libertar-se da escravatura capitalista. Segundo ele “o pão é a liberdade, mas a liberdade é o pão".

Após o evento de París, paises como a Russia, Bélgica, incluindo os Estados Unidos proclamaram legalmente a data dedicatória aos trabalhadores, situação que se foi estendendo pelo mundo até chegar a Moçambique.

 

 

Não sabemos se é Assim, mas vimos Assim

 

O blog Sociologia em rede, do Professor Carlos Serra, exibia, no dia 1 de Maio de 2010, uma fotografia em que aparecia um grupo de trabalhadores, aparentemente em marcha relativa a 1º de Maio de 2009, erguendo um dístico cujos dizeres identificavam a empresa (em letras capitais e grandes, na parte central e superior do dístico) e bem no fundo lateral esquerdo (meio dobrado do dístico) estava escrita uma curta frase que dizia algo como pelos direitos dos trabalhadores. Uma curta frase (como sempre) do Professor Serra, tecia um convite em termos mais ou menos como publicidade e dia 1 de Maio.

 

Para quem procurou relacionar a mensagem do Professor com a foto poderia começar a desenvolver uma certa curiosidade sobre tudo o que ocorria naquela data.

 

Através dos orgãos de comunicação, era possível notar que a participação dos trabalhadores nas marchas alusivas a esta data era massiva, mas onde os protagonistas eram os proprietários das empresas e não os próprios trabalhadores. Os sinais da organização eram (e como ultimamente têm sido) evidentes a partir das camisetas, bonés, disticos e até discursos dos trabalhadores nas entrevistas – que expressavam claramente a mensagem de promoção da instituição como se teciam elogios pelo apoio das empresas na organização do evento tão dignificativo.

 

A aderência ao evento da data não foi e nem tem sido total. Existem empresas que não se preocupam em organizar eventos, transformando-se assim uma data importante num simples dia de folga, onde o trabalhador aproveita para tratar dos seus assuntos pessoais ou familiares, ou para lamentar a falta de consideração da sua empresa em relação a data, ou para usar o seu pobre salário em copos sem deixar de fazer comentários absurdos sobre o seu  superior hierárquico mais próximo devido ao não reconhecimento dos direitos dos trabalhadores.

 

Quanto às empresas que se preocupam com o trabalhador nesta data, estas organizam o evento para os trabalhadores através de um sindicato (não estipulado pelo trabalhador) que cobra uma taxa sistemática do (magro) salário deste para cobrir com o custo da sua operacionalidade e permanência. Considerável número de trabalhadores não conhecem como esse sindicato está organizado e como/quando podem contribuir para a sua reestruturação, ou no mínimo quais os benefícios que a organização sindical traz com os mecanismos de acesso a esses benefícios claros.

 

Nas empresas que organizam a marcha, o trabalhador participa obrigatoriamente desta, caso contrário tem uma falta equivalente a um dia de trabalho. De facto a marcha acarreta custos avultados. Para além de aparelhos reprodutores do som conta-se com aquisição de camisetes, bonés, lanches, almoços, bebidas, entre outros, tendo os patrões  como convidados de honra.

 

O dia 1 de Maio é um dia especial, sobretudo para trocar copos, cantos e danças após longas marchas acompanhadas por viaturas das empresas (conduzidas pelos próprios motoristas) transportando os seus chefes e patrões que devem evitar toda massada e cansaço.

 

É um dia onde os trabalhadores mais destacados demonstram a sua valentia ao entoar as mais fortes canções promocionais para com as suas empresas na competição “empresa com melhor organização”.

 

Para  simbolisar a data, basta apenas encaixar as palavras trabalhador e  direitos.

 

O governo, como sempre, não deixa de tomar a oprtunidade para mais promessas e anúncios, uma vez que todos podem prometer tudo que quizerem aos trabalhadores, tornando assim o dia mais festivo que reivindicativo.

 

Bem que o disse Mikhail Bakunin (1814-1876), a este respeito, os governantes, que são, ou pelo menos foram, parte do povo se fazem passar “por uma minoria privilegiada”. Minoria esta que na visão marxista, “compor-se-á de oper­ários, …mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado.” Assim, prossegue Bakunin, estes governantes “não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo.”

 

De qualquer forma, tratando de uma data com uma história clara de começo, podemos buscar evidências para clarificar algumas das palavras de Bakunin. De facto, os mártires de Chicago reclamavam os seus direitos (como proletariado) perante os detentores do Capital, mas o Estado através do governo os enforcou. Mas este governo não passa de indivíduos que antes perteceram a massa oprimida.

 

O popularismo político que predomina o discurso de quem deixou de pertencer a massa populacional pela elite governante em Moçambique, é o de reconhecer o papel que cada um desempenha na construção da resposta a pobreza absoluta. Assim, mesmo um comerciante informal do dumba-nengue passa a adquirir o estatuto de empresário – em pequena escala. Só não acredita quem não ouve e tampouco vê. Com este tipo de discurso, não era de admirar que até a venda de rebuçados (mesmo que seja em pequena escala) pode gerar manções e desafiar luxuosas viaturas, tais como the America Hummer. Nesta ordem de ideia, assisti-se a uma tendência de cada vez se discutir os desafios que diversos sectores da economia enfrentam.

 

Os órgãos de comunicação não descansam quando a ordem o dita. Vão dando a cobertura de diferentes sectores como o dos transportadores, trabalhadores de lojas, pastelarias e restaurantes etc. Alguns dos órgãos de comunicação, até semanas antes da data expõem situações, promovem debates, partilham opiniões sobre interessantes temas a volta da relação de opressão existente entre os detentores do capital e os oprimidos. No entanto, quanto mais se aproxima a data uma fumaça envenenada pela onda do abismo ofusca a capacidade intelectual destes fazedores da opinião pública.

 

Uma Celebração Pertinente e Efectiva

 

A pertinência e efectividade são determinantes do sucesso de qualquer acção – notemos que Acção (que traz a mudança, uma revolução) difere de trabalho (que executa o estipulado) como propõe a ideóloga alemã Hannah Arendt.

 

 Buscamos sucesso sempre que um problema é claramente identificado e uma resposta adequada é conduzida com um esforço proporcional ao resultado esperado – nisto o que era problema (o que nos aflinge apenas) passa a estágio de preocupação (o que temos de resolver) numa visão de Jean-Louis Lambory.

 

No entanto, estes dois elementos são extremamente dependentes, como acredita Damien Hazard, da participação (no sentido de: ser parte + fazer parte + ter parte). Baseando-nos na fórmula de Hazard, poderiamos extrair que:

  • O trabalhador busca a reflexão a volta dos seus problemas, pois ele é (ser parte) quem melhor os conhece em todos os limites e sabores;
  • Ele é o primeiro actor (fazer parte) na resolução dos seus problemas. Define os meios e recursos adequados para a implementação de uma resposta a medida; e obviamente
  • Do resultado que advir neste processo ele é, mais uma vez, o primeiro a beneficiar (ter parte).

 

No nosso contexto, em que a falta de emprego domina o esférico, a relação patronato versos empregado tem gerado diversos conflitos laborais cujo resultado tem sido, muitas das vezes, definido na Lei do Mais Forte. Nisto severas sansões são aplicadas ao empregado que é o mais fraco e dependente. O empregado, que pelo desconhecimento das leis e instituições que o protegem, a falta de confiança nas instituições (alicerçada na morosidade e a corrupção nestas instituições),  acaba sendo submetido a abusos não denunciados. Só para citar alguns exemplos:

  • Testemunharia qualquer um que os motoristas e cobradores de chapas, os serventes de mesas nos restaurantes, balconistas, entre outros, trabalham  pelo menos umas 14 horas por dia com um mínimo de 6 dias por semana para ganhar nada mais que algo aproximado ao salário mínimo;
  • Não se contam trabalhadores sem salários ou com salários incertos;
  • Trabalhadores que são expulsos sem justa causa;
  • Os que se quer tem ideia do seu perfil de posto pelas numerosas funções que desempenham nas firmas que vão do profissional ao particular do chefe. Enfim, uma lista inesgotável.

 

Porque de algum ponto se deve iniciar ou retomar o processo de reflexão das preocupações dos trabalhadores, e tendo sido o tema número um desta data (os mártires de Chicago), a luta pela redução das horas de trabalho, era de esperar ver pelo menos marchas longas de empregados domésticos, motoristas e cobradores de chapas, serventes de mesa, promotores de vendas, balconistas, entre outros… a re-estabelecer o tema da ordem. Mas pelo contrário, estes apenas se limitaram a servir aos restantes na data, ja que calhou mesmo com o  fim-de-semana.

 

Recorde-se, porém que este é apenas um exemplo, pois tantos outros sectores estão em situação semelhante ou pior.

 

A questão que se coloca do fundo é se o dia 1 de Maio é realmente o dia do trabalhador? O que significa ser dia do trabalhador? Se com a comemoração da data traz-se algo diferente cotidiano do relacionamento trabalhador, patrão e governo? Ou seria nada mais que um dia para diversão e simbolismos cerimoniais – como demonstrações pelos trabalhadores de habilidade extra profissionais como o de ser uma futura estrela pop ou enterprise marketing star ao serviço do patrão[V1] ?

 

 

 

Bibliografia

 

1º de Maio – Dia Mundial do Trabalhador - http://www.culturabrasil.pro.br/diadotrabalho.htm (Ultimo acesso: 14 de Junho de 2009)

ARENDT, Hannah, A promessa da Política. DIFEL: Brasil, 2008

Bakunin, Mikhail, O Estado: Alienação e Natureza - http://www.culturabrasil.pro.br/bakunin1.htm (Ultimo acesso: 16 de Junho de 2009)

BOTHA, Susan, Understanding Political Behaviour and Participation.Pretoria : UNISA, 2004

HAZARD, Damien, Relatorio  da missao de apoio tecnico ao Projecto de Fortalecimento de uma Rede Local no Combate ao HIV e SIDA – no Município da Matola.Handicap International: Maputo, 2008

JAKSON, Robert & JAKSON, Doreen, Introduction to Political Science. Pearson Education: Canada, 2007

Virtual American Biographies - http://famousamericans.net/augustvincenttheodorespies (Ultimo acesso: 26 de Novembro de 2010)


 [V1]Se a razao da data foi alcançada?

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Comment by Rituu B. Nanda on April 29, 2011 at 4:26pm
(This is English translation of Joa's blog in Portuguese. Joao writes a weekly column for one of the biggest newspapers in Mozambique, Zambezi. He has kindly posted one of the articles here to draw our attention to the real meaning of Labour day.Thanks Joao!)

Marketing and rights of workers- May 1st Labour day

May 1 was established as International Workers Memorial Day to June 20, 1889 in Paris during an international conference of socialist political organization. This date was in tribute to the workers who participated in demonstrations union in 1886, in Chicago, where he claimed the heavy workload. However, the demonstration had a tragic end with the death of hundreds of workers, serious injuries and arrests.  In Mozambique, this date came to be celebrated a little after independence, in the 80's. The records clearly visible in several walls of the capital cities, neighborhoods assigned the name of May 1.

Expressions of Chicago were just the beginning of a long struggle by just rights of workers, since August Vincent Theodore Spies (1855 - 1887) Leader of the mass proletarian activist said moments before his execution that "with our hanging you think of destroying the labor movement - this movement of millions of humiliated beings who suffer in poverty and misery, hope for redemption - if this is your opinion, hang us. Here you have deleted a spark, but there and everywhere, behind and in front of yourself, everywhere, the flames grow. It is a subterranean fire and you can not erase it! "And in the last minute when the force has determined its purpose, sighed saying," the day will come when our silence will be more powerful than the voices you strangle today .  The emphasis of this speech can be found in simple words of the pioneer American socialist, later mate Spies, Albert Richard Parsons (1848 - 1887) which encourages workers to free themselves from capitalist slavery. He said "bread is freedom, but freedom is the bread."

So if you do not know, but we saw so
The blog Sociology networking, Professor Carlos Serra, exhibited, on May 1, 2010, a photograph that showed a group of employees, apparently in place on 1 May 2009, raising a couplet whose words identifying the company was writing a short sentence that said something like workers' rights. A short phrase (as always) by Professor Sierra, wove a call on a more or less like advertising and May 1. 

Through the media, it was possible to note that the participation of workers in marches alluding to that date was massive, but where the protagonists were business owners and not the workers themselves. Signs of the organization were (and how recently have been) evident from the t-shirts, caps, badges and even speeches of workers in the interviews - which expressed a clear message to promote the institution as it wove praise for the support of businesses. 

Adherence to the event date was not and has not been total. There are companies that do not organize events, thus becoming a date in a single day off, where the employee takes to deal with their personal affairs, or to lament the lack of consideration of their undertaking in relation to date or, to use his poor salary cups while making absurd comments about his superior closer due to non-recognition of workers' rights.

For businesses that are concerned with the worker on that date, they organize the event for the workers through a union (not provided by the worker) who charges a systematic (slim) of salary to cover the cost of its operation and remain . Considerable number of workers do not know how this union is organized and how / when can contribute to its restructuring, or at least what benefits the union brings to the mechanisms of access to these clear benefits.  In companies that organize the march, the worker must participate in this, otherwise you have a lack equivalent of a day's work. In fact the march carries high costs with purchase of T-shirts, hats, snacks, lunches, beverages, among others, with the bosses as guests of honor.

1st May is a special day, mainly to exchange glasses, singing and dancing after long marches accompanied by car companies (led by the driver) transporting their leaders and bosses who must avoid all mass and fatigue.  It is a day where the most outstanding workers demonstrate their prowess to intone the strongest songs with their promotional companies in the "company with the best organization." 

To symbolize the date, simply fit the words and worker rights.
The government makes announcements and promises, since everyone can promise all who wished to workers, thus making the most festive day of demands.  

Well said that Mikhail Bakunin (1814-1876), in this respect, the rulers, who are, or at least were part of the people posing "for a privileged minority." This minority that the Marxist view, "will be composed of workers, ... but, as they become rulers or representatives of the people will cease to be workers and will be watching the world from the top of the proletarian state. "It pursues Bakunin, these rulers" no longer represent the people, but themselves and their ambitions to rule it. "

Anyway, dealing with a date with a clear history of the beginning, we find evidence to clarify some of the words of Bakunin. In fact, the martyrs of Chicago claimed their rights (as the proletariat) against the holders of the Capital, but the state through government hanged them. But this government is only individuals who formerly belong to the oppressed.

 The political popularity that dominates the discourse of who ceased to belong to the populace by the ruling elite in Mozambique, is to recognize the role that each plays in building the response to absolute poverty. Thus, even an informal trader dumba Neng shall acquire the status of entrepreneurs - small scale. Just do not believe who does not hear nor see. With this type of discourse, it was no wonder that even the sale of sweets (even small scale) can generate and challenge manções luxury cars such as the American Hummer. With this in mind, I attended to a tendency increasingly to discuss the challenges facing various sectors of the economy.

The media does not rest when the order said. Will give the coverage of different sectors such as transport workers, shops, bakeries and restaurants etc.. Some of the media, even weeks before exposing situations, further discussions, share opinions about the interesting themes of oppression around the relationship between the owners of capital and the oppressed. However, the closer the date poisoned by a wave of smoke obscures the deep intellectual capacity of these makers of public opinion.

A Celebration Relevant and Effective
The relevance and effectiveness are crucial to the success of any action - we note that action (which brings about change, a revolution) differs from work (which runs the stipulated) as proposed by the German ideologue Hannah Arendt.   We seek success whenever a problem is clearly identified and an appropriate response is conducted with an effort commensurate with the expected result - it was that the problem (which only afflicts us) is the stage of concern (what we have to solve) a vision of Jean-Louis Lambory. 

However, these two elements are extremely dependent as Damien believes Hazard, participation (meaning: being part + part + having part). Based on the formula of Hazard, which could draw:
    The worker seeks to reflect the return of their problems, as it is (being a part) who best knows the limits and in all flavors;
    He is the first actor (part) to solve their problems. Defines the means and resources to implement a response measure, and obviously
    The result that arise in the process he is, once again, the first to benefit (take part).
 
In our context, where lack of employment dominates the ball, the relationship between employers verses employee has generated many disputes which has led, often defined in the Law of the Fittest. Herein severe sanctions are applied to the employee who is the weaker and dependent. The employee, who by ignorance of the laws and institutions that protect it, the lack of trust in institutions (based on delays and corruption in these institutions), has been subjected to abuse are not reported. Just to name a few examples:

    Witness any of the drivers and collectors plates, the servants of tables in restaurants, clerks, among others, are working at least 14 hours per day with a minimum of six days per week to gain nothing more than something close to minimum wage;
    Do not count workers without wages or salaries uncertain;
    Workers who are evicted without cause;
    The idea is that if you want your profile to put the many roles they play in firms ranging from professional to the individual's head. Finally, an endless list.

Because at some point whether to initiate or resume the process of reflecting the concerns of workers, and having been the number one issue this date (the martyrs of Chicago), the struggle to reduce working hours, we would expect to see at least marches long domestic servants, drivers and collectors plates, table attendants, sales promoters, sales clerk, among others ... to re-establish the theme of order. But instead, they were limited only to serve the remaining time, since it happened even with the end-to-week.
 
Remember, however, that this is just an example because many other sectors are in a similar situation or worse. The question that arises is whether the fund on May 1 is actually the day of the worker? What does being Labor day? With the commemoration of the day brings something different to the daily working relationship, employer and government? Or was it nothing more than a day for fun and ceremonial symbolism - as demonstrations by workers of extra professional ability as to be a future star or pop star enterprise marketing at the service of the boss?

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